terça-feira, 21 de abril de 2009

Despedida



De todas as flores prefiro as rosas, que eram também as tuas preferidas. Carmim e de pétalas aveludadas. Na quinta, por esta altura, pairava o seu aroma. Eram tão odoríferas. Era um pequeno jardim que cuidavas,como tudo o resto, com dedicação e carinho.
Depois partiste. Mas elas, ainda que efémeras, vieram comigo, connosco. Estão num outro jardim e evocam a tua presença alada.
Ainda sinto saudades tuas! Hei-de sempre sentir a tua ausência, porém já não dói como doía. Além disso, continuo os meus e os teus sonhos, que partilhei contigo.
Sabes do que sinto mais falta? Dessas nossas longas conversas, de sonharmos em comum, da força e coragem que me transmitias. Estou a recuperá-la de novo.
Não foi há muito tempo que fui capaz de te deixar ir. Ficaram as nossas rosas.
Adeus pai.




1 comentário:

F Nando disse...

A memória de tempos e cumplicidades que agora partilhas...
Muito bonito e de uma intensidade de sentimentos...
Bjs