Tenho duas identidades, dois sentires que, de tão opostos, vezes há que nem me reconheço. Não fui eu a sua criadora. Foram as circunstâncias. Tantas e diferentes que não posso sequer partilhá-las aqui e agora.
A minha identidade verdadeira, a que me diz e é autêntica é, sem dúvida, a primeira. Porque sou verdadeiramente eu: nome, hora, data, local de nascimento.
Nasci Nathalie de Jesus Armindo e assim me conheci durante anos e anos. Anos felizes, despreocupados, cheios de inocência. Mundo de rosas orvalhadas e sonhos de criança feliz.
A segunda identidade, da qual só tomei conhecimento aos 11 anos, altura em que foi necessário utilizar o bilhete de identidade, tomou-me de assalto. Senti-me incrédula, injustiçada e, ao mesmo tempo, uma estranha.
Natália Jesus Seixas Augusto não era eu! Como podia digerir tamanha usurpação de identidade? Não a digeri. Nunca. Mas também nunca exigi que a verdade fosse reposta. Para quê?
Assim, não me é necessário criar outros eus, porque, quis o acaso, que tivesse pelo menos dois! Um é solar! Muito solar. O outro é lunar, inconstante e muito variável.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Bipolar, eu?
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4 comentários:
Para mim és a Nathalie aquela que conheço e que tão bem sabe dar voz às minhas fotos.
Gosto das tuas palavras e serás sempre a Nathalie.
Já agora uma sugestão no próximo livro vai em busca das palavras e põe a verdadeira escritora a NATHALIE ARMINDO.
Beijo solar e lunar
Olá Nando,
Já tinha pensado nisso, isto é, assinar os meus escritos com Nathalie Armindo. Depois desisti. Na próxima colectânea da Editora Novitas, ainda apareço como Natália Augusto.
Vou pensar melhor! Obrigada pela sugestão.
Beijo solar e lunar
Para mim és a Nathalie. Não consigo chamar-te Natália...sei lá. Nathalie é mais doce e tu és uma doçura de pessoa, os teus olhos sorriem quando falas... És um anjo, acredita... és solar...és lunar... és uma alma que sente, que sonha e por isso se desprende da terra para voar no mundo das estrelas e da perfeição.
Querida amiga, nem todos percebem esta necessidade tão intrínseca, Só mesmo almas afins, como nós, entendem.
Um abraço cheio de luz*
Gosto muito de ti*
Fanny
Querida Fanny
Ambas gostamos e sonhar e de cantar o que sentimos, pois a nossa poesia e/ou prosa poética diz sempre quem somos e como sentimos. Há-de ser sempre assim.
Obrigada pelas tuas palavras amigas e carinhosas. Também tu és doce e linda.
És luz sempre que estou contigo e o teu sorriso é toda a harmonia do teu sentir pleno e da tua beleza.
Beijos
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