No teu quarto
das abstracções sempre possíveis
voluntárias
ondulam ainda por aí
das abstracções sempre possíveis
voluntárias
ondulam ainda por aí
no teu espólio
poemas limpos ou rasurados
reescritos
na página anjo do teu ser
Nasceram do teu pensar de génio
do teu sentir fragmentado
desassossegado
que imperiosamente
se disse em vozes distintas
As palavras dessa tua dispersão
materializaram
todos os teus EUS
que são OUTROS contigo
que te acompanharam
desde o dia em que nasceste
e ainda e sempre
aqui, hoje, agora que te foste
Tudo parece sonho na distância
dos séculos
mas a tua dor de seres
continua sempre e inequivocamente
connosco
com os que sentem como tu
poemas limpos ou rasurados
reescritos
na página anjo do teu ser
Nasceram do teu pensar de génio
do teu sentir fragmentado
desassossegado
que imperiosamente
se disse em vozes distintas
As palavras dessa tua dispersão
materializaram
todos os teus EUS
que são OUTROS contigo
que te acompanharam
desde o dia em que nasceste
e ainda e sempre
aqui, hoje, agora que te foste
Tudo parece sonho na distância
dos séculos
mas a tua dor de seres
continua sempre e inequivocamente
connosco
com os que sentem como tu
3 comentários:
Ao ler-te fiquei com orgulho de ser Fernando!
Não o Pessoa, mas o ser Fernando!
Hoje um nome tão em desuso e tantos são os Fernandos que passaram!
Neste momento recordo o Assis Pacheco...
Bjs
Mestre Pessoa...o símbolo da escrita com criatividade sublime.
Pena...como sempre, continue ignorado e até esquecido nos inúmeros heterónimos, que gentilmente criou...
Coisas de de pessoas...à volta de pessoas...sem olhar a Pessoas.
Partilhar Pessoa... é oferecer um tesouro.
Obrigado. Beijinho.
para Fernando Pessoa...
como que para qualquer ser que passe por dentro de nós e deixe marcas... sentidas.
-Muito bonito!...
Enviar um comentário