segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Sem título


O que conquistas todos os dias
na hora em que és
o infinito
conhece a alquimia
que se desprende das tuas mãos
sempre que tocas
a página em branco

Os enigmas que desvendas
na forja do sentir
são a paisagem de outras paisagens
de indizível lucidez

A tua ausência sempre anunciada
não te ameaça nunca
porque o milagre de seres
sussurra-te as imagens aladas
que anunciam a existência
secreta
desse teu olhar-anjo

1 comentário:

Ana Paula Motta disse...

Poema delicado,sutil e intenso, como essa imagem que escolheu...Beijinhos