Os primeiros dias, os primeiros meses, os primeiros anos do Ser, que um dia seremos, depois de muitas aprendizagens, não podem aparecer subitamente. Há memórias que, ainda que registadas no inconsciente de cada um, não podem ser evocadas de imediato. Então, os pais contam como cada um foi, partilham os primeiros passos desse ser na caminhada que é a vida. É assim que esse outro lado de cada um aparece. Se há registos fotográficos, é ainda mais simples.
São fotografias de recém-nascidos até à criança, já com memórias. O dia do baptismo, em que nos vestiram um lindíssimo vestido de cerimónia; os aniversários ao colo do pai ou da mãe, para apagar a vela ou as velas do bolo de aniversário; as reuniões de família, sobretudo no Natal; o primeiro dia na escola; os primeiros amigos que nos deixaram receber em nossa casa; as brincadeiras no parque, no jardim, na rua, na praia. O pai e a mãe, às vezes, sobrepõem as suas vozes, narram os episódios de cada uma delas.
Aquelas imagens cristalizadas, de um tempo que ficou lá atrás, contam a história pretérita de cada um. Esses testemunhos são importantes. Quem os ouve, segue as palavras com atenção, fica suspenso nas palavras desses fiéis narradores, para se reconhecer.
Ali estão os momentos cristalizados, estáticos, mas de uma infinita inocência e pureza. Como são belas! Quantas vezes são (re)visitadas! Para recuperar essa identidade; a primeira, a que viria a definir-se. Quantas esperanças depositadas que, tantas vezes, não se concretizaram.
Eles, nossos progenitores, emocionados e agradecidos por esse recuo no tempo, que só assim recuperam, descrevem, em pormenor, as roupas, a escolha dessas e não de outras, os comportamentos, as brincadeiras desse dia. E a luz espalha-se nos seus rostos. Também eles eram outros!
Contudo, a emoção de outrora não é a de hoje, que as emoções não se repetem. Tal como esses dias, esses meses, esses anos.
São fotografias de recém-nascidos até à criança, já com memórias. O dia do baptismo, em que nos vestiram um lindíssimo vestido de cerimónia; os aniversários ao colo do pai ou da mãe, para apagar a vela ou as velas do bolo de aniversário; as reuniões de família, sobretudo no Natal; o primeiro dia na escola; os primeiros amigos que nos deixaram receber em nossa casa; as brincadeiras no parque, no jardim, na rua, na praia. O pai e a mãe, às vezes, sobrepõem as suas vozes, narram os episódios de cada uma delas.
Aquelas imagens cristalizadas, de um tempo que ficou lá atrás, contam a história pretérita de cada um. Esses testemunhos são importantes. Quem os ouve, segue as palavras com atenção, fica suspenso nas palavras desses fiéis narradores, para se reconhecer.
Ali estão os momentos cristalizados, estáticos, mas de uma infinita inocência e pureza. Como são belas! Quantas vezes são (re)visitadas! Para recuperar essa identidade; a primeira, a que viria a definir-se. Quantas esperanças depositadas que, tantas vezes, não se concretizaram.
Eles, nossos progenitores, emocionados e agradecidos por esse recuo no tempo, que só assim recuperam, descrevem, em pormenor, as roupas, a escolha dessas e não de outras, os comportamentos, as brincadeiras desse dia. E a luz espalha-se nos seus rostos. Também eles eram outros!
Contudo, a emoção de outrora não é a de hoje, que as emoções não se repetem. Tal como esses dias, esses meses, esses anos.
14 de Maio de 2007
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