quarta-feira, 17 de junho de 2009

Moulin Rouge

Todos os que se aventuram por Paris, depois de verem o "Sacré Coeur" e Montmartre, descem as ruas que levam a Pigalle. Este nome ficou a dever-se ao escultor Jean-Marie Pigalle, que viveu no séc. XVIII.
O bairro de Pigalle é conhecido pelas suas sex-shops, cabarets e outras salas de espectáculo. De entre as mais conhecidas, no mundo, temos o "Moulin Rouge", que, este ano, parecia emergir e brilhar como no séc. XIX.



No interior do "Moulin Rouge", o hall de entrada é atapetado de vermelho e as paredes têm fotografias dos espectáculos, onde a nudez é já, natural.
Os espectáculos passariam a causar escândalo, no século XIX, quando num desses espectáculos "Cleópatra", completamente nua, é carregada por quatro homens jovens, seguidos de outras jovens nuas, deitadas em camas de flores. Estava-se em 1890!

Os dez primeiros anos do "Moulin Rouge" foram anos de perfeita loucura: havia espectáculos circences, bailes que começavam tardíssimo, às 22 horas. Os proprietários Joseph Oller e Charles Zidler apelidaram-no de o "Palácio das Mulheres".
As bailarinas para além de belas e elegantes, tinham a elasticidade de ginastas. Se assim não fosse, como poderiam dançar o Cancan?

Toulouse-Lautrec é um dos pintores da época que mais de perto seguiu e retratou o que viu e sentiu no "Moulin Rouge". A atestá-lo temos dezassete obras inspiradas neste cabaret e nos seus espectáculos. Ele era, no fundo, uma das muitas personagens deste cabaret e, com certeza, que Toulouse-Lautrec não seria o mesmo Toulouse-Lautec se não tivesse vivido neste meio "feérico".
Depois vieram os escândalos, a competição entre artistas e as guerras. Mas o "Moulin Rouge" sobreviveu a tudo!
Hoje, completamente restaurado, pode-se passar um bom serão onde se janta e se assiste a um espectáculo inigualável!



1 comentário:

F Nando disse...

Contributo para a história do Moulin Rouge