quinta-feira, 19 de julho de 2018







Estive uma semana na aldeia da minha mãe. Aí passei parte da minha infância e a adolescência. Muitos anos se passaram. Se na altura morava pouca gente, hoje há ainda menos habitantes.
A aldeia da minha mãe chama-se Chelas e fica a dois quilómetros de Mirandela. Tem casas em pedra e outras de construção mais moderna. Tem um complexo de agroturismo designado Quinta Entre Rios, porque a aldeia fica situada no alto do monte entre dois rios que se unem no fundo da aldeia. Do lado direito, corre o rio Rabaçal e do lado esquerdo corre o rio Tuela. Quando se unem nasce o rio Tua. A paisagem é deslumbrante.
Quem é amante da natureza e de desportos mais ou menos radicais pode ficar na Quinta Entre Rios. Os pequenos almoços são frugais e com fruta e iguarias da época e da Quinta. Pode nadar na piscina, jogar ténis, fazer caminhadas, andar a cavalo ou de moto-quatro. Tudo é permitido, inclusive participar nas colheitas quando é tempo delas.
Na Quinta Entre Rios podem realizar-se casamentos, encontros de jornalistas, reuniões várias pois há uma sala autónoma para a realização de eventos. É um belo espaço circundado por árvores, flores de todas as espécies, relva verdejante e trilhos de pedras.
No complexo encontramos casas com os nomes do que o espaço foi ou albergou um dia: Casa do Lagar; Casa do Pastor, Casa do Forno, entre outras.
Sempre que vou à aldeia da minha mãe acabo sempre por tirar umas fotos às habitações da Quinta, desde a Casa Senhorial, de outros séculos, e às outras que compõem o complexo.
Gosto desses dias tranquilos onde não se vê quase ninguém. Só é pena o muito calor que faz nesta altura do anos. A temperatura ultrapassa e muito os trinta graus. É a Terra Quente. Que outro nome poderia ter?
Gosto de perder a vista pelos montes e serras. Cada recanto é uma pequena parte deste paraíso algo esquecido.

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