quinta-feira, 19 de julho de 2018



Quando a lua sobe no céu escuro, com o corpo inchado e pleno, os duendes saem dos seus múltiplos esconderijos, para cravejarem de diamantes o infinito cósmico.
Estou a vê-los ainda agora: pequenos criadores de luzes mágicas, longínquas, saltitando de estrela em estrela ou voando no firmamento longínquo.
Não me canso de os observar, por querer ser como eles: seres etéreos, imaginários, sem sentir nada do que me atropela o pensamento e me adensa o vazio.
Se fecho os olhos, ainda que por breves instantes, sem tempo no relógio, aproximam-se de mim e segredam-me ao ouvido as palavras que a lua não me pode dizer.


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