segunda-feira, 9 de agosto de 2010
MOMENTOS
terça-feira, 3 de agosto de 2010
CONFISSÕES DE UMA ERRANTE
Cedo, cedo, extremamente cedo as letras tomaram conta do universo de Nathalie. Bastava olhar para o topo do berço e ali estavam elas, qual bailarinas a desafiá-la a dar-lhes nomes. Porém isso era ainda precoce. Não obstante, a aprendizagem do nome das letras aconteceu entre os dois e os três anos. As Educadoras de Infância consideraram que ela era «très douer pour les lètres et si curieuse!» Em casa a mãe cultivava-lhe esse gosto. Nessa altura era perfeitamente bilingue. Falava e aprendia em francês na escola, em casa falava e aprendia português. A mãe além de boa mestra e patriota não prescindia do uso e do ensino da lingua portuguesa. Todas as tardes se repetiam as lições.
Que literatura lia Nathalie? Que aventuras? Primeiro interessou-se pela banda desenhada: Tintin, Mickey Mouse, Tio Patinhas. Depois passou para as obras de contos de Charles Perrault, as traduções do dinamarquês Hans Christian Andersen, entre outros autores de que agora não se lembra. Como todos sabiam do seu gosto pela leitura, acabavam sempre por lhe oferecer vários e a sua biblioteca ia crescendo. Como era bom refugiar-se lá e viver todas as aventuras. Imaginar-se duende, fada, princesa, rainha, guerreira, águia. Quantas tardes maravilhosas viveu Nathalie.
Um dia estes sonhos acabaram e os livros ficaram para trás. Nathalie deixava, sem saber, o seu espólio, o seu maior tesouro. Viu-se neste país, Portugal, com séculos de atraso sem nada. Nem mesmo os pais. (Saltemos esta parte menos interessante da vida de Nathalie).
Hoje Nathalie continua uma leitora devoradora de livros. Vive vidas e em mundos fascinantes que a enriquecem todos os dias. A escrita também é outra das suas paixões pois é a forma de levar as suas viagens até aos outros (crianças, jovens e adultos).
O blogue «Tout sur Nathalie» surgiu como passatempo.
-Pardon, Mademoiselle Nathalie?
-C' est vrai!
-Vous êtes impitoyable. Je suis lá toujours pour vous. Dans vos moments de joie et de tristesse.
-T' as raison. Je m' excuse. À présent tu es mon meilleur ami. On peux continuer a nous ballader ensemble?
-Bien sur, ma belle...