sexta-feira, 28 de maio de 2010

Foto de F Nando
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Os primeiros raios de sol espraiaram-se pela paisagem de pinheiros e uma luz clara colou-se ao branco da frente da Casa do Cavalo Marinho. À medida que o tempo passava, uma luz intensa reflectia-se nas paredes, nas janelas, nos jardins. Tudo estava calmo. De uma quietude natural e pacificadora. Todos dormiam ainda, pois era fim-de-semana. As horas passaram e a casa foi adquirindo movimento.
O primeiro a levantar-se foi o dono da casa que tinha de soltar as cadelinhas e que gostava de tratar dos jardins e da pequena horta, que tinha ao fundo do jardim das traseiras. Era a sua terapia. Eram também as suas origens e o apelo da terra. Essa mini-horta era um autêntico jardim de tão bem tratado que estava.
Entretanto, outros também se foram levantando. Trocaram palavras com o amigo que já tinha dado um mergulho na piscina e se estirara ao sol. Tomaram o pequeno-almoço. Uns fizeram-lhe companhia no banho de sol e nos mergulhos, outros, viciados no facebook, sentaram-se no sofá da sala.
Antes da hora de almoço, um grupo foi ao supermercado fazer compras: peixe para grelhar e batatas. A salada foi feita com as alfaces da horta. Mais tarde chegaram outros amigos que levavam as bebidas e os ingredientes para fazer a sobremesa.
À tarde houve caipirinhas à beira da piscina, mergulhos e muita brincadeira. O pôr-do-sol foi lindíssimo. O jantar foi tarde como sempre acontece aos fins-de-semana!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Viagem transatlântica



Ando suspensa num qualquer tempo e nesse deambular sem objectivo vieram ter-me às mãos, pelos CTT (claro está !), os exemplares da colectânea A LIVRE ESCRITA, publicada pela editora brasileira Novitas.

Fiquei feliz, mas não emocionada como noutras alturas em que senti o peso do "meu" livro nas mãos. Dessa colectânea consta um outro português que vive na Alemanha e outros escritores brasileiros.

Hoje não consigo escrever. Só sentir. O que em mim não augura nada de bom. Conheço-me. Habita-me o cansaço. Um grande, imenso, incomensurável cansaço!

É só. É tudo. É talvez nada.

sábado, 22 de maio de 2010

No words just silence



No words just silence

A silence feeling no needs

Among human or no human beings

Just that simple

Just that natural quietness







No words just silence

Made of colourful messages

Far away in a magic and distant shore




No words just an eternal silence

Where seeds of love can truly be


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Notes: photos from F Nando

sábado, 15 de maio de 2010

Querem mesmo saber? Têm a certeza?







BLOGGINCANA
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Não me leiam... observem-me, pois não gosto de confissões. De todas e quaisquer confissões. Tal como diz um fado de Amália "De quem eu gosto, nem às paredes confesso".
Esta é a minha participação na BlogGincana de Maio cujo tema é "VOCÊ É TOC? VOCÊ é portador de Transtorno Obsessivo Compulsivo?"
Bem já que me inscrevi, não me resta senão participar. Isto de só saber o tema depois de estar inscrita tem muito que se lhe diga. Desta vez fui apanhada de surpresa. E se agora descubro que sou TOC?! Não vinha nada a calhar. Ia estragar os meus planos de ser vedeta. Teria de manter tudo em segredo, em completo sigilo. E expor-me assim numa participação não ajuda nada. Fico tão exposta como a jovem professora transmontana que pousou para uma revista masculina (eufemismo para Playboy).

Digam-me vocês se padeço desse TOC (que só me faz pensar em alguém ou algo a bater a uma porta de madeira, toc, toc, toc, como na história de «Os três porquinhos»). Estão prontos para as minhas revelações?
* Desde que me sei por gente até hoje sempre que fui às compras escolhia e escolho sempre o mais caro, mesmo antes de ver a etiqueta com o preço (malas; perfumes; sapatos; roupa; maquilhagem, etc.).
** Adoro viajar, mas os meus destinos de viagem são pouco variados (Paris, Lyon, Côte d' Azur), embora já tenha ido à vizinha Espanha e ao Reino Unido e de o Mundo ser tão grande. Sonho com um "chalet" no sul de França.
*** Escrevi um livro em dezoito dias. Como trabalhava, chegava a casa, mal jantava e escrevia pela noite dentro. Mal dormia. Foi assim que nasceu o segundo volume de uma colecção de quatro livros juvenis. Comecei já o terceiro. Entretanto já iniciei outra aventura da qual não me consigo desligar.
**** Sou muito sonhadora e nada pragmática. Sou errante. Não permaneço muito tempo no mesmo lugar. Mas quem fica?
Posso ficar por aqui? Creio que sim. O resto é mais ou menos segredo. E muito privado (risos)!!!
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Notas
1- Participação na BlogGincana de Maio (http://bloggincana.blospot.com/)
2- Foto de Pedro Miguel Reis - Centre George Pompidou (Paris)
3- Muitos devaneios e algumas verdades

quarta-feira, 12 de maio de 2010

AMIZADE


Foto de N Augusto


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AMIZADE é caminharmos uns ao lado dos outros nos bons, menos bons e difíceis momentos;

AMIZADE é dar sem esperar receber nada em troca

AMIZADE é uma forma altruísta de amar porque é incomensurável

AMIZADE é rirmo-nos dos nossos sucessos e fracassos e esperar melhores dias

AMIZADE é estar presente mesmo na ausência porque o coração sabe o que sente

AMIZADE é oferecer rosas retirando-lhes os espinhos

AMIZADE é ultrapassar fronteiras densas do silêncio em direcção ao outro para lhe dizer que

A AMIZADE É AQUI E PARA SEMPRE


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Foto de N Augusto

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Quinze blogues, quinze prémios

Ao abrir o meu blogue e ler os comentários, constatei que me tinham atribuído um prémio e desafio. Quem foi? A minha amiga Teresa, autora do blogue «Os meus óculos do mundo» (http://www.oculosdomundo.blogspot.com/), que também o recebeu de Junior Vilanova.
Esta atribuição deve-se, como o Junior escreveu e a Teresa reescreveu, a vários factores "trata-se de um reconhecimento dos valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc...»
Muito obrigada Teresa por considerares que o meu blogue obedece a esses critérios. Vamos lá ver se o mereço...
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Agora "ataquemos" o desafio propriamente dito. Sim, porque há regras e tarefas. Será que vou conseguir cumpri-las? Não sei. Mas vou tentar.
1- Exibir a imagem do selo no seu blogue.
(Tarefa cumprida. Gostam do selo? Sabem a razão pela qual se chama Dardos?)
2- Linkar o blogue pelo qual recebeu a indicação.
(Feito, feito. Sou obediente!)
3- Escolher outros quinze blogues a quem entregar o Prémio Dardos.
(15? Esta vai ser difícil! Ai vai, vai)
O Prémio Dardos vai para:
* Quarto de Segredos
* O Amor Acontece?
* Sair das Palavras - "A gente não faz amigos. Reconhece-os."
* O Sabor da Palavra
* Rafeiro Perfumado
* para lá das lentes
* Poetic Girl
* Je suis en train de chercher
* Multiolhares
* O Idiota
* Entre a loucura sã e a lucidez insana
* Excertos do Olhar
* "macaquinhos no sótão"
* Colar de Pérolas
* Gritos Verticais
Falta agora saber quem vai aceitar o Prémio que distingue estes quinze blogues.
4- Avisar os escolhidos.
(Vai levar o seu tempo que a net não está para ajudar, mas não desisto.)

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Un petit tour avec moi?

J´aime:

* Voyager

















(photo de Pedro - les vélos à Paris)
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(photo de Nathalie - Louvre)
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(photo de Pedro - Barcelone)
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(Venice - photo de Nathalie)


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* Les ruines d' un pont romain, en plein Hiver



(photo de Nathalie)

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* Les petits villages du nord du Portugal avec ses rues étroites

(photo de F Nando)

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*La campagne au Pringtemp


(photo de Nathalie)

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Et pour finir je vous laisse la citation du jour:

«On ne va jamais si loin que lorsque l' on ne sait pas où l' on va.»

Rivarol

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Passion

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* L' orage des emotions...
Le début de tout. Être perdue et ne pas vouloir accepter pouquoi. Découvrir que tu me trouble: ton sourire, ton regard, tes gestes. Je refuse tes invitations.
Être partagée. Fuir ou laisser tomber toutes les barrières que j'ai élever autour de moi... pour me protéger, pour me sentir bien dans ma solitude volontaire...
La pinture me fascine et j' écris de plus en plus.
** Moments iluminés...
Comme les couleurs que le pinceau a versé dans un après-midi clair, je suis lumière.
La petite voix que je n' ai pas voulus écouter, s' éveille. Je ne la contrôle plus. Je la laisse parler. Et elle me dit que c' est trop tard pour fuir... Alors je la suis et elle me mène vers toi.
J' invente encore mille excuses... Mais tout me semble trop petit... sans l' avouer...
*** Vagues de tendresse...
Les vagues de tendresse que j' invente avec des couleurs et des mots me sont destinées, sans le savoir. Elles deviennent réalité. Elles disent ta tendresse, ta douceur tranquille et ton sourire délicieux. Mais seul ta présence a le pouvoir de les transformer en un océan de sensations indicibles.

(Auxerre, 1997)





domingo, 2 de maio de 2010

Querida Mãe


Foto de N Augusto
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Casa do Cavalo Marinho, 2 de Maio de 2010
Querida Mãe,
Como está? Como tem passado estes primeiros dias de Primavera que têm sido tão quentes? Sei que aí deve estar mais calor, pois o nordeste transmontano é muito mais quente do que aqui. Parece que as fragas concentram o calor, não é? E o seu jardim? Sim, Mãe, sei que não pode viver sem as suas flores e plantas, nem sem a sua renda, mas não se esforce de mais.
Penso tanto em si quando vai faz os tratamentos de diálise. Três horas e meia todas a segundas, quartas e sextas-feiras. Tenho sempre receio que aquele acidente se repita. Que ninguém se aperceba que a agulha saiu do seu braço e que o seu sangue faça uma poça no chão. Ou que a magoem quando a piquem e fique com hematomas ou a mão do braço esquerdo inche de tal forma que a dor seja insuportável. Mas não falemos de coisas tristes. Hoje é um dia tão especial e bonito. É o Dia da Mãe.
Não estou fisicamente com a Mãe para a abraçar e beijar, para falarmos de tudo, para partilharmos alegrias e para nos darmos força uma à outra. Para ser sincera, a Mãe é mais forte do que eu e sou eu que acabo por ser encorajada por si em todos os momentos da minha vida. Obrigada, Mãe.
Queria poder oferecer-lhe um estar diferente, diminuir os quilómetros que nos separam (quase quinhentos) para a visitar com mais frequência, porém a vida é mesmo assim. Sei que lhe dói que eu e o mano não a visitemos com mais frequência. Recordo com ternura o brilho doce do seu olhar quando na Páscoa lhe disse que ficaria oito dias. Foram dias agradáveis! Muito.
Passeámos pela cidade, nos dias em que não fez tratamento; tratei de alguns assuntos burocráticos seus; fizemos compras e passeámos também na aldeia que a viu nascer e onde tem a sua e nossa (como a Mãe faz questão de sublinhar) casa. Hoje já gosto novamente da sua aldeia. O tempo cura todas as dores, faz-nos aceitar a perda. Hoje sei que o pai tinha de partir, embora não daquela maneira. Sabe Mãe, perdoei a quem no-lo tirou de forma tão cruel. Nós estamos bem. Sobrevivemos.
Amo-a Mãe. Muito. O mano também. Embora vivamos os três em lugares diferentes, o nosso amor é o amor de uma família unida mesmo na distância. Hoje estou em casa do mano.
Beijos dos seus filhos que a amam,
Nathalie e Carlos