segunda-feira, 9 de agosto de 2010

MOMENTOS



Foto de N Augusto


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Este é um dos espaços nobres na parte oriental da cidade de Lisboa que a EXPO 98 nos deixou, apesar das derrapagens orçamentais. Ainda asssim, a meu ver, valeram a pena.
É um esspaço de todos e para todos. As crianças podem deliciar-se a andar de bicicleta ou percorrer o espaço num comboio, podem deliciar-se a visitar o Oceanário ou participar nas actividades que este lhes oferece. Também os adolescentes podem gozar dessas férias no Oceanário ou fazerem canoagem na Escola que lá existe.
Quanto aos graúdos, podem passear pelos jardins, os da Água são os meus favoritos, andar de bicicleta, visitar o Oceanário (já lhe perdi a conta as vezes que o visitei!), aproveitar para dar também um passeio à beira rio e observar a outra margem e a Ponte Vasco da Gama, ver e sentir no rosto a água dos vulcões de água, aproveitar a zona dos bares para matar a sede e o calor. E é destes momentos que os dias correm e o Verão passa.
E o teleférico? Pois não sei...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

CONFISSÕES DE UMA ERRANTE

UMA LONGA VIAGEM

PARA FÁBRICA DAS LETRAS
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Cedo, cedo, extremamente cedo as letras tomaram conta do universo de Nathalie. Bastava olhar para o topo do berço e ali estavam elas, qual bailarinas a desafiá-la a dar-lhes nomes. Porém isso era ainda precoce. Não obstante, a aprendizagem do nome das letras aconteceu entre os dois e os três anos. As Educadoras de Infância consideraram que ela era «très douer pour les lètres et si curieuse!» Em casa a mãe cultivava-lhe esse gosto. Nessa altura era perfeitamente bilingue. Falava e aprendia em francês na escola, em casa falava e aprendia português. A mãe além de boa mestra e patriota não prescindia do uso e do ensino da lingua portuguesa. Todas as tardes se repetiam as lições.

Que literatura lia Nathalie? Que aventuras? Primeiro interessou-se pela banda desenhada: Tintin, Mickey Mouse, Tio Patinhas. Depois passou para as obras de contos de Charles Perrault, as traduções do dinamarquês Hans Christian Andersen, entre outros autores de que agora não se lembra. Como todos sabiam do seu gosto pela leitura, acabavam sempre por lhe oferecer vários e a sua biblioteca ia crescendo. Como era bom refugiar-se lá e viver todas as aventuras. Imaginar-se duende, fada, princesa, rainha, guerreira, águia. Quantas tardes maravilhosas viveu Nathalie.

Um dia estes sonhos acabaram e os livros ficaram para trás. Nathalie deixava, sem saber, o seu espólio, o seu maior tesouro. Viu-se neste país, Portugal, com séculos de atraso sem nada. Nem mesmo os pais. (Saltemos esta parte menos interessante da vida de Nathalie).

Hoje Nathalie continua uma leitora devoradora de livros. Vive vidas e em mundos fascinantes que a enriquecem todos os dias. A escrita também é outra das suas paixões pois é a forma de levar as suas viagens até aos outros (crianças, jovens e adultos).

O blogue «Tout sur Nathalie» surgiu como passatempo.

-Pardon, Mademoiselle Nathalie?

-C' est vrai!

-Vous êtes impitoyable. Je suis lá toujours pour vous. Dans vos moments de joie et de tristesse.

-T' as raison. Je m' excuse. À présent tu es mon meilleur ami. On peux continuer a nous ballader ensemble?

-Bien sur, ma belle...