quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Pablo Picasso

Pablo Picasso, Les Demoiselles d' Avignon


Le pays
de Pablo Picasso
respire
le corps et l' être
des femmes

Si elles
sont sages
il les touche avec ses mains
de peintre et d' homme
pour leurs faire l' amour
sur les toiles
où le feu
n' a pas de cendres

***


Poema escrito em Auxerre (31/07/99)



segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Natal transmontano



Há um frio branco nevado

que veste de novo a grande e bela paisagem

que faz o Dezembro outra vez o Inverno de infância

numa sempre e tradicional anunciação

do Natal deliciosamente Natal

domingo, 28 de dezembro de 2008

Férias de Natal Inesquecíveis

sábado, 20 de dezembro de 2008

Robert Doisneau



“Quand on est prisonnier de l’image, cela vous donne toutes les audaces.”

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Absence




J’ ai envie de toi
Besoin de tes mains e de tes lèvres
De tes tendrèsses
*
Embrasses-moi
J’ ai urgence que mon être et ton être
Soit un seul
*
Ton désir et mon désir
Est fou, torride, sans frontières
Sans heures
*
Nous sommes deux amoureux
Attendant avec impatience
Nos nuit blanche d’ amour
*
Nos absences sont si aigue
Si rêvement invraisemblable
Et à chaque jour moin justifiées

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Perfume de Mulher

As gotas do perfume
que gosto que toquem
a nudez
da minha pele ebúrnea, quente e macia
deixa na brisa
o aroma e a essência
da minha presença diáfana
feminina e intensa
Novamente te pediste que inventasses
o dia claro no sentir
ainda de nevoeiro

Desceste a calçada sem pressa
olhando os (des)conhecidos que por ti passavam
supondo-os personagens de um acto único

O que os moveria
A pressa de chegar ao seu retiro ou o cansaço
de serem ainda a rotina

Eram seres de um viver metálico
metódico fastidioso irreversível sem surpresas
numa paisagem de concreto

Não farias nunca parte desse drama
Habitava-te a ousadia de sondares o insondável
como quem sabe a essência do ser

Quantas vezes o triunfo de prefigurares
as suas fragilidades tão transparentes afinal
te sabia a tempestade

Por isso procuravas nesse instante
a claridade lúcida das palavras
com que havias de dizer a magia de se ser





Au danseur Christian Bourigault


L' homme
créateur et interprète
de la liberté fragile
exprimes les métaphores de la vie...
***
Il danse comme un
devineur d' énigmes et de vérités simples
inspiré
par une petite voix
jaillisante
silencieuse
***
Il fragmente son corps trop humain
il le réinvente dans l' espace
d'un temps présent
***
Il est lumière vérité passion
pour une nouvelle écriture
du mouvement
insaisissable
*****
Este texto foi escrito depois de ter assistido a um solo, na Escola de Belas Artes em Auxerre, no dia 24 de janeiro de 1997.
Este e outros textos que escrevi naquela altura estiveram perdidos. Agora apetece-me recuperá-los.






domingo, 14 de dezembro de 2008

I'll never fall in love again

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Passeio por Barcelona




Sábado passado prometia muita chuva. O céu estava de um cinzento chumbo ameaçador.

À chegada a Barcelona chovia. Por sorte, à tarde, a chuva deixou-se ficar nas nuvens, como que a dar uma trégua e as boas-vindas aos turistas.

Em todo o fim-de-semana não choveu mais. Na verdade, o sol foi fazendo a sua aparição, mais ou menos prolongada. Só o frio e o vento enregelador nos fazia lembrar que estávamos cada vez mais perto do Inverno. Contudo, era um frio diferente do nosso. Um frio realmente frio, cortante, como se estivesse a nevar.

Os bairros de ruas estreitas, com a roupa no estendal, as praças, os monumentos, as largas avenidas com fachadas sumptuosas, os cheiros fortes e intensos das especiaciarias dos kebabs, as tapas, a multidão evocavam cenas de um qualquer guião de um filme.

As iluminações de Natal, que magicamente se acendiam mal a cidade ia ficando imersa nas trevas da noite, ainda mais fria, davam outro encanto às Ramblas.