Sábado passado prometia muita chuva. O céu estava de um cinzento chumbo ameaçador.
À chegada a Barcelona chovia. Por sorte, à tarde, a chuva deixou-se ficar nas nuvens, como que a dar uma trégua e as boas-vindas aos turistas.
Em todo o fim-de-semana não choveu mais. Na verdade, o sol foi fazendo a sua aparição, mais ou menos prolongada. Só o frio e o vento enregelador nos fazia lembrar que estávamos cada vez mais perto do Inverno. Contudo, era um frio diferente do nosso. Um frio realmente frio, cortante, como se estivesse a nevar.
Os bairros de ruas estreitas, com a roupa no estendal, as praças, os monumentos, as largas avenidas com fachadas sumptuosas, os cheiros fortes e intensos das especiaciarias dos kebabs, as tapas, a multidão evocavam cenas de um qualquer guião de um filme.
As iluminações de Natal, que magicamente se acendiam mal a cidade ia ficando imersa nas trevas da noite, ainda mais fria, davam outro encanto às Ramblas.