domingo, 3 de maio de 2009

O Beijo

Gustav Klimt, O Beijo (pormenor)
*******

Encontrou-a. Encontrou-o. Encontraram-se. Como? Não sabiam explicar e não queriam saber. Sentiam a mesma atracção, a mesma química, a mesma energia.
A noite era de luar e tudo à volta de ambos era e foi mágico, intenso, quente. Os gestos foram lentos, doces, carinhosos e as palavras sussurradas prometiam outras. Porque nelas havia ainda outras a dizer e outros sentimentos a partilhar.
Trocaram olhares mágicos e de poesia por tempos infinitos. As suas mãos tocaram-se ao de leve. À primeira carícia ela retirou a mão. Depois deixou que a sua permanecesse sob a dele. Mais tarde os seus dedos entrelaçaram-se. Deram as mãos para nunca mais se separarem, apesar de saber que dali a pouco teriam de o fazer.
Mas não se ficariam por ali. Houve um beijo no rosto. Mas os lábios dele foram descendo da pele macia do rosto até beijar ao de leve os lábios dela. O beijo repetiu-se e ela permitiu que os seus lábios se entregassem. O beijo foi a perfeita união de lábios. As bocas tornaram-se urgentes, ávidas e sequiosas de conhecer o sabor uma da outra. Depois voltaram aos beijos rápidos e suaves apenas e só nos lábios.
Naquela noite Cronos pareceu acelerar-se. Foi difícil separarem-se. Disseram-se adeus! Porém antes que cada um fosse para o seu retiro, beijaram-se incontáveis vezes.

1 comentário:

F Nando disse...

São estes momentos de magia que temperam a vida...
Bjs