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Em certos dias de canícula tropical, à falta de uma praia, sabe bem aceitar o convite amigo para um churrasco à beira da piscina. Os anfitriões sorridentes, simpáticos, felizes recebem os amigos. Põem à vontade os que vão chegando aos pares ou em grupo. Servem-lhes caipirinhas, chôpes, vinhos, sumos de fruta natural. Tudo bem fresquinho. Tudo coloridamente delicioso e refrescante.
Depois todos se trocam nos balneários e mergulham na grande piscina azul. A alegria espalha-se. Há bolas atiradas pelo ar, jogos disputadíssimos sem qualquer ponta de competição. Divertimento e frescura são as palavras de ordem. Outra palavra de ordem é comer. Bem e de mais para alguns, europeus, pouco habituados a estas horas infindáveis de degustação...
Nacos de carne de vaca tenra são colocados nos grelhadores. Hum! que cheiro delicioso! Assam-se também salsichas, rodelas de abacaxi. Há sobre a mesa um panelão com feijoada brasileira, mandioca para acompanhar. É a carne que não pára nunca de sair da brasa, sempre suculenta e que se derrete na boca como manteiga. Mais caipirinhas a acompanhar, pois a maioria parece inclinada para esta bebida. Só os que não bebem bebidas alcoolicas preferem os sumos de fruto, ainda que poucos. Sucedem-se as sobremesas. São tantas e tão difíceis de escolher!
O dia avança. Dança-se ao som do samba e de outras modinhas brasileiras. Por descuido intencional há pares que caem na água, outros são empurrados e todos dão gargalhadas de felicidade. E logo retomam a festa em que o almoço se transformou.
Manaus e a alegria das suas gentes chegam-me através dos relatos que o meu irmão me faz pelo telefone ou via skipe. É através deles que imagino esses almoços, o Festival do Boi, o Carnaval. É assim também que mato as saudades e se me aguça a vontade de conhecer a capital da Amazónia indo ao seu encontro.