Arte Lisboa
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Depois da Hora será já Outro o Outro
Na madrugada, talvez fria, e de certeza solitária,
Hão-de fazer-se ouvir as ondulações das palavras
Como melodias suposta e imaginariamente originais,
Inventar-se-ão as cores do poema tela
Numa declaração de Amor
Bebericando o vinho abafado dourado
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Depois dessa Hora será a outra Hora
De um dia outro
Quase estático, silencioso
Mas tão esperado na sua linha ténue
Entre o ontem solar e bêbedo de paixão
De entrega e de declarações certas
Ainda que tão imperfeitas
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Madrugada de insónia e de drogas
Manhã de sonhos num sono afinal intranquilo
Tarde de ir respirar o ar do mar e do campo
E desafiar qualquer falésia sem lá estar
Porque esta é interna, interina, interior
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Fim de tarde com gotas de chuva anunciada
A escorrer transparentemente na vidraça
No amanhã a não esquecer
8 comentários:
Os dias sucedem-se... desiguais!
Adorei ambas as peças associadas. Imagem e texto bem conjugados.
A imagem em si já dava para imaginar-mos dezenas de palavras com significados pessoais ou colectivos, ao estilo " uma imagem vale mais que mil palavras" como se diz por aí.
Abraço.
Lindo e profundo. Gostei mundo. Beijinhos.
É bem verdade, MFC. Ainda bem que assim é, embora os meus sejam muito semelhantes...
Olá Fernando Reis
Acho que foi um momento de inspiração que, ultimamente, me tem fugido.
Obrigada
Há que tempos que não conseguia escrever um poema. Tenho andado meio perdida e vazia de ideias.
Não consigo disciplinar-me!
Beijoca
Olá, Natália
Tens um presente no SHE
Obrigada, Ana.
Jinhos
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