No dia seguinte foi à polícia apresentar queixa "contra desconhecidos", visto não haver um suspeito. O agente que a atendeu colocou-lhe questões a que Emilie respondeu com assertividade. Houve, no entanto, um momento em que o agente sorriu e ela achou que troçava dela, mas não se deu por vencida. Descreveu todos os factos insólitos e depois assinou a queixa. Saiu dizendo: "Bom dia" e pensando que dali não haveria resultados.
Já na rua ligou à sua amiga Faby, a sua amiga de infância, para se encontrarem numa das muitas confeitarias com esplanada. O sol brilhava, portanto o melhor era aproveitar para desfrutar o momento. Quando lá chegou, Faby já estava à sua espera. Sentou-se. Pediram café e um croissant com doce de ovos.
Emilie desabafou então com a sua maior amiga. Contou-lhe tudo. Contou-lhe do medo que sentia por ter recebido uma cópia da chave da sua casa e o que logo mandara trocar a fechadura.
Faby animou-a, pediu-lhe calma e insistiu que ela já fizera o que podia ser feito: ir à polícia apresentar queixa. Se quisesse podia passar uns dias em sua casa, até se sentir mais segura. Emilie agradeceu a Faby, mas disse-lhe que não podia abandonar a casa senão o regresso seria mais difícil. A amiga encolheu os ombros em jeito de aceitação.
À tarde, Emilie foi trabalhar. Sentia um aperto no peito, uma angústia enorme. pressentia que outras coisas estranhas estavam por acontecer. E tanto assim era que, no final do dia, recebeu uma inesperada visita.