É bom estar à beira rio e molharmo-nos nas suas águas frescas. Faz uma brisa aprazível. Embora esteja muito calor, está-se bem aqui, assim, sem nada fazer a não ser desfrutar desta frescura do rio.
Observo que sob o sol quente e abrasador ondula no rio, de mansinho, a fragata Alcatejo. Já foi dar o seu passeio habitual levando jovens veraneantes rio abaixo e rio acima. Encheu-se de risos e gritarias juvenis e soube bem seguir o caminho de outras viagens.
Observo-a de longe e sinto que também vou embarcar nela para mais um passeio nas águas prateadas do Tejo. Imagino que vou até ao cais de embarque onde se encontra, entro e dou o bilhete antes de me ir sentar num dos bancos laterais. Entram outras pessoas. A viagem inicia-se. As velas são içadas e dá-se início a viagem rio abaixo bem perto ainda do casario branquinho da margem esquerda. Depois afasta-se gradualmente até atingir o meio do rio. Aí parece que quase paramos para observar as aves que cruzam os céus e os outros barcos de recreio ou que andam na faina da pesca.
A fragata Alcatejo navega em águas profundas ansiosa de mostrar a sua beleza e a beleza da paisagem ribeirinha. Segue calma e sem pressa ao sabor do vento . Depois retoma a subida do rio para voltar à sua casa, em Alcochete.
Todos estão animados e a conversa generaliza-se. Contam-se histórias que são as histórias de outrora e que animam os passageiros até à chegada ao cais.
Depois do desembarque, a Alcatejo fica atracada ao largo do cais ondulando gentilmente sob o céu azul esperando a noite cálida e a chegada de um novo dia para retomar os seus passeios turísticos.
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