sexta-feira, 13 de abril de 2012

I - Naquele dia...


Acordar, naquele dia, fora simplesmente invulgar e inesperadamente inesperado. Ao contrário de outras manhãs, o despertador não tocou, porém teve tempo de se despachar para o trabalho. Enquanto estava no chuveiro, sob a água tépida, ouviu música na sala. Era uma música com o som de água de um riacho. Mas como podia tocar, se estava só? Dali não podia ligar a aparelhagem de som e não tinha dotes telepáticos! Limpou-se, vestiu-se, penteou-se, maquilhou-se e foi até à sala.
Quando aí chegou, a música tinha parado e nada assinalava qualquer mudança. Convenceu-se que tinha imaginado tudo, como num sonho. Tomou o pequeno almoço e saiu.
Como estava um lindo dia de sol e temperaturas amenas, optou por ir de bicicleta para o trabalho. Era muito comum na sua cidade. Executivos, jovens, belas mulheres usavam e abusavam deste meio de transporte. Era tão agradável. Podia observar-se melhor as pessoas, as ruas, os jardins, o rio. Era também agradável sentir a brisa no rosto. A sensação de liberdade e controlo era tão grande.
Émilie não demorou muito tempo a chegar ao emprego, até porque o seu lindo apartamento, num edifício do séc. XIX, ficava perto. Arrumou a sua bicicleta junto a outras que já lá estavam e entrou no edifício onde trabalhava. Na porta de entrada, um homem apressado esbarrou nela. Não se conheciam mas disseram-se bom dia. No interior, o edifício parecia vazio. O segurança também a cumprimentou. Ouvia o tacão dos seus sapatos no chão. Dirigiu-se ao elevador panorâmico. Como era agradável subi-lo e observar os transeuntes.
Num ato inconsciente, meteu a mão no bolso do casaco e encontrou um pequeno envelope. Quem o teria ali posto? Que diria? Só que o elevador chegou ao piso onde tinha de sair e dirigiu-se ao escritório.


8 comentários:

Eva Gonçalves disse...

:) Vais-nos satisfazer a curiosidade ou deixar em suspense, rrss? Desculpa ausência prolongada, mas foi geral... :)Beijinhos

Teresa Diniz disse...

Mas que é isto de nos deixares de água na boca, sem saber o final das histórias?
Bjs

ponto e virgula disse...

"...inesperadamente inesperado".

assim começou o dia e este seu despertar. e depois de todo um ato rotineiro com algo de imaginário pelo meio, há a realidade que não se compadece e nos deixa sem tempo para um simples abrir de um envelope que nem ela, nem nós, pode saber, para já, o que está à sua espera.

vou, também, esperar.



a...té

mfc disse...

E quando vamos saber o que lá diz?!

NOTA – Tens um verificador de palavras que não serve de nada e é chato para quem comenta. É fácil desactivá-lo, basta percorreres este caminho. Obrigado.
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Natália Augusto disse...

OlÁ!!!

Que bom ter-te de regresso, Eva!

Fico muito feliz!

Beijinhos

Natália Augusto disse...

Querida Teresa

É isso mesmo! Vão ter de esperar... um pouco!

Beijinhos

Natália Augusto disse...

A...té. Não vai ter de esperar muito!!!

:)

Natália Augusto disse...

Quando menos esperar! Às vezes sou assim!!!

:)