terça-feira, 16 de junho de 2009

Digressões II


Dir-me-ão que sou repetitiva, sobretudo nas minhas viagens. O que não deixa de ser verdade, de facto. Mas o coração fala sempre mais alto e lá vou eu mais uma vez a Paris. Foi o que aconteceu na semana passada, que se transformou numas mini-férias para muitos portugueses.

Passeei pelos lugares do costume e que já conheço mais ou menos bem, todavia descubro sempre um ou outro pormenor diferente. Tudo é grandioso e diferente em Paris. Ou sou eu que o sinto assim.
Como esses dias eram dias de trabalho para os franceses ,apeteceu-me observá-los, atentar nos seu quotidiano. Não é muito diferente do nosso e porquanto é diferente do nosso. Mesmo nestes tempos de crise.
Os condutores são civilizados e, nas horas de ponta, não há a loucura ensurdecedora das businadelas, não há radares a limitarem a velocidade, muitos deles usam a bicicleta, que retiram do parque de bicicletas com um cartão electrónico. Para alguns de nós, os sinais de trânsito podem parecer algo confusos, mas não para um parisiense.
As famílias saem à rua ao fim do dia para passearem os filhotes (dois, três e mesmo quatro) e o cão ou cães. Outros fazem compras nos supermercados de rua, no talho, na peixaria que se prolonga até à rua, na padaria e nos mercados de rua. A baguette, como já todos sabem, vai apenas embrulhada num mini-papel que transportam na mão ou debaixo do braço. Alguns até a vão comendo pelo caminho. Já na minha infância tudo era assim! A ASAE francesa tem tudo a ver com a nossa, não acham?
O que mais me enterneceu também foi ver casais de diferentes idades, nos mais diferentes locais, de mãos dadas e a beijarem-se em plena luz do dia. Essas demonstrações de afecto provam, efectivamente, que Paris é a cidade do amor.

1 comentário:

F Nando disse...

Paris sempre esteve ligada ao AMOR. É curiosa essa discrição do dia a dia de Paris.
Fica o desejo de um dia conhecer
Bjs