***
Estava uma bela noite de lua cheia que se espelhava no rio Tejo. Ao contrário do habitual ainda se encontrava na rua. Era perto da meia noite. Fora jantar a casa de amigos que já não via há algum tempo. Tanto adiara, que um fim de tarde foi.
Na viagem de regresso a casa, àquela hora, não havia muito trânsito. Não tinha o automóvel há muito tempo. Começou por cumprir os limites de velocidade. Cumpriu os 120km na autoestrada. Depois foi aumentando a velocidade. Foi até aos 150km.
Não se sentia mais poderosa por isso. Sabia dos riscos que corria, mas continuou. Ia sozinha e isso permitia-lhe certas liberdades. Depois de percorrer a A1 entrou na Ponte Vasco da Gama. Não havia quase nenhum automóvel.
Começou a pensar que podia testar a velocidade máxima do seu carro desportivo. Era tentador. Não era ali que se faziam corridas nocturnas de automóveis? Mas e se aparecesse a polícia? Não pensou muito. Colocou-se na faixa central e... pé a fundo no acelerador. Via o ponteiro do conta quilómetros a mudar dos 150, 160, 170, 180 km até aos duzentos. Que sensação! Os outros automóveis eram pequenos pontos de luz que ultrapassava. Não chegou à velocidade máxima. Achou que estava a tentar a sorte.
Saiu da Ponte cumprindo já os 120Km reduzindo a velocidade progressivamente até chegar a casa. Como prometera enviou enviou uma sms à amiga que lhe respondeu com um pequena observação. "Chegaste muito depressa a casa! A que velocidade foste?"
Acho que ela nunca lhe contou e poucas pessoas sabem desta sua única aventura automobilística. E não, não se sentiu culpada.
10 comentários:
Pois eu nunca me pus nessa situação até porque quando passo uma certa velocidade penso "se rebenta um pneu..." e instintivamente desacelero.
Valeu pela tua experiência
Bjs
Geralmente as pessoas só se sentem culpadas quando acontecem problemas...
Não sou da fazer o que me passa pela cabeça. Mas naquela noite, quis testar até que ponto podia ou não ser mais corajosa. Claro que também pensei nas consequências.
Beijo
Tem toda a razão. Se algo tivesse corrido mal, sentir-me-ia super culpada.
:)
Embora seja arriscado, por vezes são essas sensações que nos fazem sentir vivos.
Bjs Catarina
Sem dúvida, Catarina. Foi uma sensação única.
Beijos
Oi amiga!
Será que esta tua aventura não aconteceu aquando de uma visita tua à nossa casa? Ao ler o teu texto, veio-me à memória um teu regresso a casa demasiado rápido comparado com o que nós costumamos fazer para o mesmo trajecto. Claro que o Pedro não se aventura assim e, comigo ao lado, sabes bem que ainda é pior.
Um grande beijinho desta tua amiga que tem imensas saudades de estar contigo.
Cristina
Olá querida amiga,
pois foi. Foi exactamente nessa noite e nesse jantar, mas nunca mais fiz isso.
Também tenho saudades vossas.
Beijinhos
Não sinto grande interesse em ultrapassar muito os limites, excepto em casos especiais... e... cada vez ando mais "devagar"...
:S
Acho que fazes muito bem Eli. Foi só uma experiência doida.
Bjs
Enviar um comentário